Mês da Pessoa 60+ na UFMS tem palestra e atividades de saúde

Postado por: Claiane Lamperth

     A abertura do Mês da Pessoa 60+ na UFMS foi realizada na manhã desta terça-feira, 11, na Cidade Universitária. A programação teve ainda uma palestra, uma oficina de dança, bazar e atividades voltadas à saúde. As ações fazem parte da campanha Eu Respeito, com realizações previstas também nos Câmpus de Aquidauana, Coxim, Três Lagoas e do Pantanal. 

     A iniciativa em alusão ao Junho Prata, estabelecido pela Lei estadual de N° 5.215/2018, e em referência ao Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, designado pela Organização das Nações Unidas, promove a sensibilização da comunidade quanto à violência contra o idoso.

No auditório do Complexo EaD e Escola de Extensão, a vice-reitora Camila Ítavo agradeceu aos participantes e promotores das ações. “Hoje temos na UFMS muitos professores, técnicos-administrativos e estudantes comprometidos com a pessoa idosa. Agradeço o sim de cada colega e também de cada um de vocês. Temos promovido o atendimento às pessoas idosas e, fundamentalmente, estamos trabalhando a formação dos nossos estudantes em projetos de pesquisa e de extensão nessa área, para que a gente possa fortalecer com ciência, com dados, a atenção, o cuidado e o reconhecimento da pessoa idosa do MS e do Brasil”, informou. 

     O diretor de Desenvolvimento Sustentável e gerente de Articulação e Ações de Cidadania, Leonardo Chaves, lembrou que diversas atividades são ofertadas durante todo o ano pela Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi), mas que neste mês as ações relacionadas ao combate à violência foram intensificadas. “São vários tipos de violência que os idosos podem sofrer. Além da física, há também a violência financeira, com golpes pela internet, pelo celular, por exemplo, por falta de conhecimento do manuseio das tecnologias; e a violência psicológica, entre outras. Trouxemos também outros temas relacionados à pessoa idosa para envolver não só os alunos da Unapi, mas toda a comunidade”, apontou.

     “Este é um momento de reflexão sobre o enfrentamento dos diversos tipos de violência contra a pessoa idosa e também de sugestões, contribuições para que a gente consiga melhorar as políticas públicas direcionadas a este assunto. Que aproveitem esta palestra e todas as demais atividades programadas, que seja uma troca de saberes”, desejou a coordenadora da Unapi e professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição, Camila Guimarães Polisel.

     O professor e coordenador do Observatório da Cidadania de Mato Grosso do Sul, Samuel Leite de Oliveira, explicou que o objetivo do observatório é justamente realizar levantamento de dados, conduzir estudos e promover ações estratégicas relacionadas a cidadania. “Temos trabalhado o levantamento de informações relacionadas às pessoas 60+ e temos percebido muitos desafios que estão sendo enfrentados. Esta ação é muito significativa, sem sombra de dúvidas representa o compromisso da UFMS, da Secretaria de Estado da Cidadania e de todos os parceiros que estão conosco, com a promoção dos direitos das pessoas idosas. Assim parabenizo e agradeço a todos por essa iniciativa”, ressaltou.

“Temos de fazer discussões, programas e projetos para que a violência contra o idoso acabe, então este evento é de suma importância. A Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, coordenada pelo Deputado Estadual Renato Câmara, autor da Lei 5.215/2018, tem hoje 12 deputados e temos lutado muito por esta causa”, anunciou o assessor e representante do deputado, Sebastião Messias de Souza. 

A secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza da Silva, destacou que a existência da subsecretaria de Políticas para Pessoas Idosas significa a intenção de honrar a história, a vida e a experiência de cada um. “É por meio desse respeito que trabalhamos as políticas públicas. É pela garantia desses direitos e pela permanência deles, que estamos aqui, trabalhando por todos. Hoje 64% da população do Estado tem mais de 60 anos, precisamos fortalecer e garantir a qualidade de vida dessas pessoas”, expôs.

Participaram também do evento a coordenadora do programa Universidade da Maturidade: UFMS Aberta à Pessoa Idosa, Suzi Rosa Miziara Barbosa e o diretor da Clínica Escola Integrada, Ramon Moraes Penha.

A palestra Enfrentamento à violência contra a pessoa idosa foi proferida pela subsecretária de Políticas Públicas para Pessoas Idosas do estado, Zirleide Barbosa. “O mundo todo vive um envelhecimento e no Brasil a população tem envelhecido rapidamente. Com isso aparecem as violações de direitos e todos temos discutido as formas de enfrentar essa violência. Estamos desenvolvendo quase 200 ações em todo o Estado, indo aos municípios para promover a conscientização, o conhecimento dos tipos de violência, onde ocorrem e como fazer esse enfrentamento”, afirmou. 

     Após a palestra os participantes seguiram para uma oficina de dança e para um bazar com peças de artesanato confeccionadas em aulas ministradas na Unapi. As ações de saúde na Clínica Escola Integrada foram realizadas por professores e estudantes da UFMS e técnicos da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio de parceria. “Viemos contribuir com os testes rápidos para HIV, Sífilis e Hepatites B e C e também para identificação de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Nós realizamos o atendimento e convidamos para participarem também das nossas ações educativas relacionadas à Atenção Primária, entre outras”, informou a gerente técnica da saúde da pessoa idosa da Sesau, Thamiris Panferro de Carvalho. Foram oferecidos ainda auriculoterapia; identificação do Índice de Massa Corporal e orientações sobre alimentação saudável e uso racional de medicamentos. 

     “São todas atividades excelentes, tanto as que a Unapi desenvolve, quanto as curriculares de graduação que os professores abrem, tive a oportunidade de fazer duas já. Agradeço e valorizo muito”, comentou o participante da Unapi, Ademir Bordignon, que está no projeto há três anos. Sobre as ações do mês da Pessoa 60+, ele reforça a oportunidade. “Participei já da orientação sobre medicações, medição da pressão e agora quero ver se consigo fazer a auriculoterapia. Estou achando muito bom”, declarou. 

     Texto: Ariane Comineti, comunicadora da Agecom/UFMS

     Fotos: Álvaro Herculano, fotógrafo da Agecom/UFMS